23 de fevereiro de 2012

Clichês do mundo da música

Robert Schumann, autor de importantíssimas obras orquestrais,
mas que, segundo alguns, não sabia orquestrar. 
Em qualquer área do conhecimento humano existem os fatos e existem os clichês. Os fatos são fatos, oras: são informações objetivas e documentadas que constituem a própria base do conhecimento, de maneira geral. Contra fatos não há argumentos, costuma-se dizer.

Mas há também os clichês, que são fatos falsos, são informações de péssima qualidade que são reproduzidas continuamente, formando as bases do famoso lugar comum (ou senso comum) do conhecimento humano. O lugar comum é um tipo todo específico de bobagem desinformativa, muito utilizado por aquele tipo de pessoa cujo conhecimento em determinada área transita entre o parco e o mediano. Agarram-se à salvação do lugar comum aqueles que não têm realmente o que dizer sobre algo, mas que ainda assim fazem questão de dizer qualquer algo sobre aquele outro algo. Contra clichês há os fatos.

Eu, por exemplo, sou leigo em cinema, apesar de já ter assistido a milhares de filmes por toda a vida, dos mais sublimes aos grandes lixos. Vi muito, mas ainda assim sou leigo. Posso ser um bom apreciador, mas sou leigo, pois nunca estudei sobre cinema, nem mesmo auto-didaticamente. Eu confesso! Meus discursos sobre cinema giram sempre sobre lugares comuns, e por isso não me meto a falar sobre "as propostas implícitas da crítica pós-moderna" de determinado diretor, ou do "jogo de câmeras voluptuoso e de clara influência felliniana" de outro. Mas não tenho obrigação de falar bonito, nem de falar com conhecimento de causa sobre cinema, pois eu ainda sou daqueles que acha que Spielberg é o grande narrador de contos da fada da contemporaneidade (olha aí um clichê!). Mas não me atrevo a falar isso pra quase ninguém, muito menos pra quem realmente entende do assunto. 

O triste é quando vemos pessoas que se dizem entendidas, ou que atuam profissionalmente em determinada área, propagando clichês aos quatro cantos, e tornando aquele lugar comum ainda mais comum. Infelizmente, o mundo da música está cheio desses tipos.

Ali em cima está uma figura de um "pobre" compositor que, segundo dizem alguns vários Senhores dos Clichês, "não sabia orquestrar". O sujeito é só um dos maiores compositores de todos os tempos, Robert Schumann (1810-1856), o qual, de fato, escreveu antes de tudo muita música para piano, canções e formações de câmara diversas. Realmente, é aí que repousa o centro de sua produção. Certo, mas vamos com calma. Uma coisa é o fato de que determinado compositor trabalhou mais com determinado instrumento e/ou gênero etc. Outra coisa é usar este fato como tentativa de embasamento para um clichê. O clichê, no caso, é o que se ouve por aí da boca de músicos, com certa frequência: Schumann não sabia orquestrar. O grande argumento dos que dizem isso é: se compararmos Schumann com Beethoven, Tchaikovsky, Wagner, Richard Strauss ou Ravel - todos reconhecidamente grandes orquestradores e instrumentadores - constataremos que ele não sabia orquestrar. Os que assim pensam, entretanto, parecem se esquecer de que Schumann tem uma produção orquestral considerável, sendo a base dela suas quatro sinfonias e algumas aberturas, sem falar em outras tantas obras que utilizam orquestra também. As pessoas que propagam este clichê sobre Schumann parecem acreditar mais nele do que na própria música do compositor. Como é possível que alguém possa julgar o compositor da música do vídeo abaixo como "mal orquestrador"? Ouçam a Abertura Manfredo, sob a regência de George Szell, e julguem por si mesmos. De minha parte, eu digo que está claro que Schumann sabia sim orquestrar, e muito bem, e mais: ele conseguiu algo com a orquestra que só os grandes conseguem, criar uma personalidade sonora bastante característica, com cores tipicamente românticas, na acepção original da palavra: 



Parece haver um certo prazer por parte dos Senhores dos Clichês em perpetuar e reforçar o senso comum, que geralmente tende a ser polêmico. Em terra de incultos, quem sabe um clichê é rei. Para quem nada conhece, um belo clichê atinge direto a alma, e nela se instala, e tende a viver nela até o fim, e se propagar depois, instalando-se em outras almas incautas. É uma espécie de processo viral, sendo que a única vacina ou cura é a aquisição de conhecimento real sobre o assunto. 

Outro clichê ofensivo, e um dos mais propagados no meio musical, tem a ver, obviamente, com um dos maiores ícones musicais de todos os tempos, e por isso mesmo um dos mais vitimados pelos Senhores dos Clichês. Dizem eles, o tempo todo, que "Beethoven não sabia escrever melodias!", e dizem isto de boca cheia e com sorriso leviano. Como sempre, para justificar o próprio clichê utilizam métodos comparativos ingênuos, e colocam lado a lado o compositor criticado com nomes aclamados do melodismo universal: Mozart, Bellini, Schubert, Tchaikovsky... , e nessas comparações forçadas pretendem validar suas crenças, plantadas, germinadas e colhidas no fértil solo do senso comum. E, mais uma vez, só podemos entender que tais pessoas, de fato, não conheçam o suficiente da produção melódica de Beethoven para julgar apropriadamente, e que confundam a grande veia motívica do compositor (com a qual ele construía grandes obras sobre um mínimo de material temático) com uma suposta inabilidade no trato com a melodia. Ah, que ledo engano! Que julgamento rasteiro de um compositor que tinha como grandes ídolos e ideais, acima de tudo, grandes compositores vocais (Haendel, Mozart e Cherubini), e que por toda a vida deixou correr sua veia de melodista. É inevitável o que farei, mostrar ao menos alguns de inúmeros exemplos do belo e competente melodismo de Beethoven. Juro que gostaria de mostrar muitos outros exemplos, mas como não quero vencer ninguém pelo cansaço, vão só três:



Adelaide - Dietrich Fischer-Dieskau, Jörg Demus



Concerto Triplo, 2o. movimento - 
Daniel Baremboim, Itzhak Perlman, Yo-Yo Ma



Romance nr. 2 para violino e orquestra -
Maxim Vengerov, Mstislav Rostropovich

Uma derivação deste clichê sobre o compositor é um outro, segundo o qual "Beethoven não sabe escrever para voz!". Como argumento os Senhores dos Clichês citam as passagens ultra agudas nas partes do côro da 9a. Sinfonia. E sobre isso, eu lhes pergunto: o fato de ele utilizar registros mais agudos por mais tempo significa que ele não sabia o que estava fazendo ou, ao contrário, sabia perfeitamente bem o efeito que pretendia conseguir das vozes? Se estamos falando de Beethoven, que escreveu uma quantidade enorme de música vocal da maior qualidade antes de buscar efeitos diferenciados, a mim me parece claro que trata-se aí de uma busca sonora específica, e não de um caso de incompetência.

Esses foram apenas dois exemplos de clichês dos mais famosos e dos mais gritantes, mas há outros muitos, que somos obrigados a ouvir e a ler com bastante frequência. Posso citar mais alguns:

  • Bach foi um compositor conservador
  • A música do Classicismo é comedida
  • Schubert não dominava a forma musical
  • Chopin tem belas melodias mas harmonias banais
  • Tchaikovsky é um compositor superficial
  • A música de Beethoven é temperamental e fruto direto de sua emoção
  • Os românticos se revoltaram com as "amarras" do Classicismo

E por aí vai. Claro, falar sobre cada um desses clichês tomaria um espaço desmedido. Na verdade, poderia haver um blog só para isso, ou mesmo trabalhos acadêmicos que se propusessem a desmontar essas banalizações de processos históricos e de compositores.

Este texto não passa de uma pequena reflexão e um alerta sobre um problema muito presente e muito incômodo, e diria pernicioso mesmo, especialmente se levarmos em conta que muitos destes Senhores dos Clichês são músicos e professores de música, responsáveis por transmissão de informação e formação de opinião. Vejo regularmente alunos propagando ingenuamente as asneiras que ouviram dos professores, o que é natural, considerando que durante o período de formação estes são inevitavelmente suas grandes referências. Estes maus profissionais acabam fazendo um desserviço, ou seja, agindo exatamente contra a boa formação cultural e intelectual de profissionais de música, já que um dos princípios da formação intelectual em qualquer área consiste justamente em evitar a todo custo os lugares comuns. Fujamos deles!









8 comentários:

  1. É engraçado que se concentrar em um desses clichês com sinceridade pode render reflexões muito enriquecedoras.

    Primeiro, sobre clichê, pela definição na verdade um clichê até pode ser verdadeiro, como o que você disse sobre Spielberg, e o que há de "clichê" na afirmação fica por conta dela ser reproduzida à exaustão e à revelia do bom gosto. Mas fatalmente os clichês, por não terem uma relação profunda com a realidade, senão como um molde de ver a realidade já imposto pelas repetições, também vão ser muito deficientes em afirmarem qualquer coisa justa e, muitas vezes, mesmo verdadeira. Agora, o método de rever um clichê é, como você fez, rever o seu critério de aferição. Se Schumann tiver deficiências de orquestração, isso não se mostra pela proporção de obras orquestrais em sua produção (Brahms tem uma proporção parecida), nem pela comparação que não tem nada a dizer com orquestradores menos questionados (e mostrar quando é isso o que sustenta o clichê já é bastante revelador). Seria preciso mostrar essas deficiências por elas mesmas, e essa não é uma tarefa pra qualquer um (que queira julgar a técnica da orquestração de maneira impressionista), além de que não é muito demonstrável na teoria: o mais eficiente é sentar em frente a um piano e mostrar na prática o que acontece com uma partitura pra orquestra de Schumann.

    Sobre Beethoven, ao descrever a sua técnica de composição, que, aliás, tem muito a ver com Haydn, você conseguiu explicar o fundo do clichê: Beethoven amarra a anatomia da melodia à estrutura da música (olhar a partitura do quarteto Razumovsky I, por exemplo, é assustador: você vê pedaços da melodia do tema principal em TUDO), o que vai contrastar com outras técnicas, como a do próprio Mozart, Schubert, Bellini, Tchaikovsky, etc. Mas mesmo considerando as diferenças dessa técnica, a generalização sobre a sua qualidade melódica se torna muito restrita, porque não raras vezes Beethoven se volta para a própria melodia e é autor nada menos do que os temas mais assobiáveis que temos no repertório clássico (o andamento lento do Concerto Imperador, o tema principal do Concerto para violino (em que ele faz uma maravilha a partir de uma simples escala), o tema do andamento lento do Op. 127, o Adagio cantabile da Sonata Patética, a Cavatina do Quarteto Op. 130, etc., etc., etc.). É tudo feito com muita economia para o equilíbrio da obra, mas são exemplos bem persuasivos do talento melódico que torna a sua obra tão cativante.

    Keep going!

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    1. Não é nada menos do que um privilégio ter um leitor desta categoria, que enriquece meu texto infinitamente.

      Disse muito bem, Leonardo. De fato, um clichê pode conter um fundo de verdade, ou nenhuma, e daí minha definição dele como "informação de péssima qualidade", mas não necessariamente falsa. Nos dois exemplos que usei, eu diria que no caso de Schumann é sim um clichê como falsidade, e no de Beethoven um clichê com um fundinho verídico, já que, como você tão bem explicou, o compositor tinha aquela "bela mão" para a construção motívica, que acabou virando seu forte, e motivo para desdenharem de sua produção lírica. Aliás, obrigado pelos exemplos a mais. Alguns deles me ocorreram, e são realmente verdadeiras jóias melódicas.

      Enfim, obrigado pela visita e pelo belo comentário. Continuarei, devagar e sempre!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Excelente texto. Acho que esses clichês poderiam ser chamados de `mitos` também. Seja como for, ainda tem um que me intriga: o da orquestração de Schumann.

    Li num fórum de musica clássica um tópico sobre esta questão e havia um maestro que dizia que as quase ninguém se arrisca a ler o original de Schumann, geralmente os maestros usam versões com correções. Ele também fez algumas explicações técnicas (na minha condição de leigo, não tenho nada a declarar).
    Se tiver interesse: http://www.talkclassical.com/945-problem-schumann.html#post5280

    Ademais, numa entrevista sobre Mahler, Pierre Boulez disse o seguinte (vou a pergunta e resposta completa para ficar dentro do contexto):
    `Would Mahler have revised his 9th Symphony? That’s the only Symphony he never heard. Would he have changed the orchestration?

    Boulez: No I don’t think so, the 9th is very well put together. Maybe the sketches of the 10th, so not all the sketches but the Adagio. In the Adagio he would maybe have changed a couple of things. But I think he was so aware of the possibilities of the orchestra, and that’s also a kind of gift, if you see that. Stravinsky too, but of course the texture was less complicated. But Stravinsky knew the way of using the orchestra already at the beginning, with the first works. When you see Fireworks for instance – the work immediately before Feuervogel, Firebird – that’s perfectly written for the orchestra. And also The Firebird is absolutely perfectly written, that’s one of his best orchestrations, but the first he did for the big orchestra. Berlioz was also a genius for orchestra, and Schumann was not, and Liszt was not. They had other qualities, but this one they did not have. Wagner was, on the contrary, perfect, and so you can look at the score as close as you want, you’ll find that’s perfectly balanced and perfectly well-organised.`
    Link: http://mahler.universaledition.com/pierre-boulez-on-mahler/

    Abraços.

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    1. Oi, André.

      Obrigadíssimo pela visita e pelo comentário.

      De fato, poderiam ser chamados de "mitos" esses clichês, muito embora eu pense que "mito" é um termo mais genérico. Tenho ainda no Orkut minha comunidade chamada "Lendas e Mitos da Música Erudita", onde várias dessas discussões apareceram.

      Obrigado pelo link. Dei uma olhada agora no fórum, e é uma discussão interessantíssima. No fim das contas, o tal regente que lá escreveu, no meu entender, matou a charada: o problema não é uma possível "pobreza" na orquestração de Schumann, mas uma "estranheza" na maneira como ele escreve. Quando o regente se propõe a solucionar o enigma da orquestração de Schumann, tudo soa maravilhosamente bem. E é isso!

      Aliás, as palavras "Schumann" e "enigma" parece que se aplicam mutuamente com grande facilidade. Em tudo o que escreveu, Schumann é muito particular, seu universo é único, e é por isso que ele é um compositor tão fascinante por um lado, e tão mal compreendido por outro. Ele sempre lida com conceitos românticos que vão muito além do que seus contemporâneos pensavam sobre música. A maneira como ele via a música, e o próprio som, tem muito a ver com isso que o regente nos fala no fórum: ele escreve para a orquestra de uma maneira quase simplória, sem grandes detalhes e sem muita preocupação para a idiomática dos instrumentos. Mas isso porque ele tem um "ideal sonoro", algo que está lá, mas tem que ser descoberto. Se não for buscado e solucionado esse enigma, a música soará ruim mesmo. Acontece EXATAMENTE a mesma coisa em sua música para piano: enigma atrás de enigma, universos sonoros que precisam ser desvendados e construídos. Não é à toa que muitos grandes pianistas escorregam justamente quando mexem em Schumann. Ele não é pra qualquer um, essa é uma verdade.

      Desse modo, fico feliz em ter lido isso que você nos indicou, pois só reforça meu pensamento: Schumann escrevia sim muito bem para orquestra, mas escrevia o que ele queria ouvir. E é por isso que soa tão bem em gravações, pois nelas o equilíbrio é medido, ainda que num processo pós-gravação, em estúdio. Mas nas gravações o enigma muitas vezes é solucionado. Então, falar que Schumann "não sabia orquestrar" ou que era um "mal orquestrador" consiste sim num grande erro, uma prova de que a pessoa absolutamente não entende nada sobre o compositor.

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    2. Agora o Boulez coloca as coisas de maneira meio preto-no-branco demais para o meu gosto. Eu até concordo que há compositores que lidam com a orquestra de maneira objetiva e com perícia acima da média, como esses mesmos que ele cita, além de outros. Nesse sentido, podemos até admitir que, ao compararmos Schumann com eles, perceba-se que o brilhantismo orquestral não foi a maior qualidade do compositor. Mas isso é muito diferente de dizer que suas orquestrações sejam ruins. Não há nada de ruim, é tudo muito bem feito, é tudo no mínimo "bom". Mas o Boulez faz questão de taxar as coisas, e ele sempre gosta de fazer isso, dizendo que Schumann e Liszt não foram "gênios" na orquestra, comparando-os com Berlioz. Não sei se é tão simples. Logo depois ele fala da perfeição de Wagner, sem mencionar que o "imperfeito" Liszt foi uma de suas grandes fontes de "sonoridades orquestrais". O melhor de Wagner já se ouve em Liszt, de alguma maneira. Mais uma vez, comparando com extremos, tudo perde o foco. Se compararmos os compositores com Bach e Beethoven, desta maneira, podemos reduzir boa parte da história da música a uma grande massa de "compositores razoáveis", e não é assim que a coisa funciona. Então, em arte, comparações desta natureza tendem sempre a ser tendenciosas, como argumentos forçados para provar certos pontos de vista.

      O resumo da ópera é que Schumann pode não ter sido um gênio da orquestra, nem um compositor tão brilhante quanto Berlioz, Wagner e Mahler. E isso significa apenas isso. Daí a dizer que sua qualidade como orquestrador é "questionável" me parece um grande desconhecimento de causa, e então caímos no tal do clichê.

      É isso. Espero ter ajudado um pouco mais nessa questão.

      Abraço!

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    3. Ops! Aí no final eu quis dizer "...nem um ORQUESTRADOR tão brilhante quanto Berlioz...". ;-)

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    4. Ticiano, obrigado pela resposta, foi muito esclarecedora.

      Penso que essa situação só reforça a ideia que, na arte, o limite entre o suposto "errado" e o novo, diferente, estranho, é muito tênue. Creio que isso serve bem à orquestração de Schumann que, como você falou, não pode ser alvo de comparações absurdas, mas tem seu próprio lugar.

      Ainda estou perdidos nesses enigmas de Schumann - pra ser sincero, a parte de sua obra que não consegui absorver até agora é justamente a para piano, geralmente tida como seu grande trunfo!

      Achei um pouco estranho a declaração do Boulez sobre o Liszt também. Sempre pensei que seu Fausto fosse uma prova de sua orquestração acima da média.

      Mais uma vez agradeço a resposta. Continue com o blog, está ficando muito didático e esclarecedor, mesmo para leigos como eu (pretendo juntar dinheiro esse ano com uma iniciação científica e, no próximo, começar aulas de violino para deixar de ser somente um ouvinte =)

      Porém, se você me permite, poderia explicar também sobre o clichê de Bach ser "conservador"? Sei que, de certa forma, ele em sua época escrevia num estilo que estava ficando em decadência (lembro-me de ter lido uma vez que Christian Bach achava tudo do pai uma "velharia" ou algo assim). Claro, não é de forma alguma um demérito para sua obra, que sempre vai permanecer no lugar que merece, no entanto, até que ponto esse clichê é uma verdade ou uma armadilha?

      Abraços.

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